20º Festival de Inverno de Garanhuns
Local: Teatro Luiz Souto Dourado (Centro Cultural)
Dia: 21 de julho de 2010
Horário: 19h

UM ESPETÁCULO ONDE NEM TUDO SÃO FLORES...
Amores...
...flores...
...frustrações...
Baseado no livro “D. Otília e outras histórias” da escritora gaúcha Vera Karam, o espetáculo “Entre Amores, Flores e Frustrações” brota na pernambucana cidade das flores como fruto de um processo de residência artística que durou seis meses entre Recife, Garanhuns e circunvizinhas, tornando-se assim, o segundo espetáculo da Cia. Nós de Gato.
Com o intuito de discutir o universo humano e suas mais diversas formas do mesmo auto-sabotar, os três textos que formam o espetáculo são enxergados por uma alma feminina que analisa as impossibilidades por vezes fundadas por cada pessoa / persona / personagem / personalidade: ser – humano...
Tendo em mãos todo o material de “jardinagem” necessário para um ‘flores – ser’ mais digno, mais verde, mais colorido, esses personagens se podam (galhos, folhas, flores, sonhos...) à sua maneira, a ponto de tornar seu terreno hostil, inóspito, por vezes infrutífero.
É nesse jardim de (im)probabilidades que essas flores (desa)brocham: uma miscelânea de situações em que cada um se coloca à prova sem se experimentar; sem experimentar...
...e essas flores, apesar de todo o viço, apesar de todo o verdor e frescor que têm, murcham...
...secam...
...e, despetalam-se...
Entre uma flor e outra...
Dentro de um universo ingênuo e sem maldade, o encontro de um gracioso casal que permite não se permitirem ao que seria uma relação. Num jogo peculiar em que o “quase” e o “se” não são meros coadjuvantes, os encontros e desencontros de princípios, opiniões e desejos aproxima-afasta, junta-separa, (des)une constantemente esse casal.
Uma florista... Um visitante... Inúmeras flores misturadas aos vários anseios...
Eis o que pode desabrochar...
Em um casarão deixado como único bem de valor pelo pai, o constante (des)encontro de três irmãs “presas ao tempo” dá margem ao que poderia acontecer: muita confusão e lavagem de roupa suja, já que cada tema é milimétrica e militarmente programado para ser discutido entre elas.
O fracasso e escárnio alheio favorecem a própria grandeza, colocando-as num patamar onde as mesmas, o que têm em comum, têm de extremamente opostas.
Três irmãs, uma jarra de chá, um calendário influente e muitas, muitas histórias...
Entre um scotch e outro...
Uma casa cheia de espectadores... Ôps! Digo: convidados... Assistem ao que deveria ser um promissor e colunável evento na “alta sociedade”: um jantar de gala que acaba se transformando em laundry service de um casal, justamente na data de suas bodas. O que se desencadeia a partir disso são situações recorrentes à peculiaridade desses cônjuges que se desfiam e se costuram o tempo todo: ele, um homem esgarçado pela vida que vem vivendo(?); ela, uma anfitriã muito, mais muito exigente e um desfecho pouco comum entregue de bandeja junto a outros canapés por um formidável mordomo...
Direção: Marcus Rodrigues
Assistente de Direção: Álvaro Lucard
Autora: Vera Karam
Textos: A Florista e o Visitante, Quem Sabe a Gente Continua Amanhã? e Dona Otília lamenta Muito
Concepção e Confecção de Figurino: Nira Teixeira
Concepção de Cenário: Marcus Rodrigues
Produção de Cenário: Francisco Ailson
Trilha sonora original, gravação e produção musical: Efraim Rocha e Alexandre Revoredo
Operação de som: Alexandre Revoredo
Cabelos: Rita Rocha
Make-up: Cia. Teatral Nós de Gato
Iluminação: Elias Mouret
Produção Executiva: Lílian Ferreira
Realização: CRT - Centro de Revitalização Teatral do SESC Garanhuns